CNU 3 - Ministra Esther Dweck reforça expectativa de novas edições do Concurso Nacional Unificado

CNU 3 - Ministra Esther Dweck reforça expectativa de novas edições do Concurso Nacional Unificado

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, reforçou nesta terça-feira (16/12) as expectativas de continuidade do Concurso Nacional Unificado (CNU), sinalizando que o modelo pode se consolidar como uma política pública permanente no Brasil.

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Durante participação no programa “Bom Dia, Ministra”, Dweck foi questionada diretamente sobre a possibilidade de um “CNU 3” e, embora tenha adotado cautela quanto a prazos, deixou claro que o governo atual estruturou o modelo para garantir sua continuidade nos próximos anos.

Continuidade do CNU e papel estratégico da ENAP

Ao comentar sobre o futuro do concurso unificado, a ministra destacou que o governo realizou, no CNU 2, uma espécie de transferência de tecnologia institucional para a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

Segundo Dweck, a ENAP passa a assumir o papel de “memória do CNU”, reunindo conhecimento técnico, metodologia e capacidade operacional para organizar futuras edições, independentemente de mudanças de governo a partir de 2027.

“O que eu posso dizer é que a gente fez esse ano no CPNU 2 uma espécie de transferência de tecnologia para a ENAP”, afirmou a ministra.

A ENAP, que já possui ampla experiência em concursos públicos após a fusão com a antiga ESAF, estaria plenamente apta a conduzir novas seleções nacionais unificadas.

Aceitação social pode impulsionar novas edições

Outro ponto destacado pela ministra foi a aceitação popular do modelo. Para Dweck, o sucesso do CNU junto à população e a possível adesão de estados e municípios podem gerar uma pressão natural da sociedade pela continuidade do concurso.

“Diante da aceitação da população, diante do sucesso do concurso, é natural que haja uma exigência da própria sociedade para que ele continue”, explicou.

Esse cenário fortalece a expectativa de que o CNU se consolide como um novo padrão de ingresso no serviço público federal.

Situação atual do CNU 2

Atualmente, o CNU 2 está em andamento, com números expressivos:

  • 3.652 vagas

  • 32 órgãos e entidades federais

  • Cargos de níveis médio e superior

As provas discursivas foram aplicadas no dia 7 de dezembro, marcando mais uma etapa relevante do maior concurso unificado já realizado no país.

Não haverá edital do CNU em 2026

Apesar das boas perspectivas para o futuro do modelo, Esther Dweck confirmou que não haverá edital do CNU em 2026. Segundo a ministra, a estratégia do governo será focada na otimização dos recursos humanos já disponíveis.

A prioridade será:

  • Convocar aprovados em listas de excedentes de concursos anteriores;

  • Finalizar processos seletivos que ainda estão em andamento;

  • Avaliar nomeações de forma criteriosa, conforme disponibilidade orçamentária.

Nomeações em 2026: cenário conservador

Questionada sobre novas convocações, Dweck foi direta ao afirmar que o cenário para 2026 será mais restritivo.

“Acho que as [convocações de] 2025 já foram feitas”, disse.

Ela mencionou apenas uma possível exceção: a carreira da Fiocruz, cuja convocação ainda está sendo avaliada, dependendo de questões orçamentárias.

Para 2026, a ministra indicou que pode haver:

  • Algumas convocações adicionais de aprovados;

  • Poucos concursos novos, de forma pontual.

Tudo dependerá da aprovação do Orçamento pelo Congresso Nacional, etapa considerada decisiva para a definição das contratações.

PEC 38/2024: reforma administrativa ficará para 2026

Durante a entrevista, Esther Dweck também comentou sobre a PEC 38/2024, que trata de uma proposta de reforma administrativa em tramitação no Congresso.

A ministra fez críticas ao texto, avaliando que a proposta é ampla demais e promove uma mudança constitucional profunda, sem que isso seja necessariamente indispensável.

“A gente acha que não precisava ser mudança constitucional”, afirmou.

Segundo Dweck, muitas melhorias na administração pública podem ser feitas por meio de medidas legais e infralegais, sem alterar a Constituição. Ela também avaliou que o projeto ainda não tem maturidade suficiente para votação, devendo ser amplamente discutido em comissão.

Com isso, a expectativa é que a PEC 38 seja analisada apenas em 2026.

Resumo do CNU 2025

Confira os principais dados do Concurso Nacional Unificado:

  • Banca: FGV

  • Vagas: 3.652

  • Cargos: diversos

  • Escolaridade: níveis médio e superior

  • Salários iniciais: até R$ 17.726,42

  • Inscrições: de 2/7 a 20/7

  • Taxa: R$ 70,00

  • Prova objetiva: 5/10

  • Prova discursiva: 7/12


Conclusão

As declarações da ministra Esther Dweck reforçam que o CNU não foi um projeto pontual, mas sim um modelo pensado para se tornar permanente. Embora 2026 seja um ano de transição e contenção, o cenário aponta para novas edições do concurso unificado no médio prazo, especialmente diante da aceitação popular e da estrutura institucional criada.

Para quem sonha com a aprovação, o recado é claro: planejamento, constância e estratégia continuam sendo decisivos.

A Edital Master segue acompanhando de perto todas as movimentações para manter você sempre à frente.

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